A assistência social atua como porta de entrada para a inclusão de pessoas, por meio de programas sociais. Oferecer essas oportunidades com qualidade aos cidadãos é o objetivo do Encontro Regional do Congemas Norte que ocorre até esta quinta-feira, 24. Representantes dos estados do Norte debatem sugestões para fortalecer a assistência social nos próximos 10 anos. Simone Queiroz, secretária municipal de Gestão social é uma das convidadas do evento. Ela falou sobre a importância de políticas que aproximem a população do poder público e que a capital Boa Vista é referência em trabalhos focados na área social.”Atendemos as pessoas conforme as reais necessidades. Temos vários projetos como o Família que Acolhe que atende a gestante e o bebê, atendemos também adolescentes que estão em situação de vulnerabilidade social e temos o projeto Cabelos de Prata que oferece atividades aos idosos, ou seja , passamos por todas as áreas sociais seguindo à risca o que a prefeita Teresa Surita propõe, que é cuidar das pessoas”, ressaltou.Em Boa Vista, existem sete Centros de Referência de assistência social (Cras) que atendem famílias e indivíduos em situação de risco. Eles são uma espécie de catalisadores que analisam cada caso que chega nos centros. São pessoas com deficiência, idosos, crianças retiradas do trabalho infantil que, dependendo da situação analisada, são encaminhadas para programas sociais do Município e do Governo Federal. A partir daí, os cidadãos recebem serviços gratuitamente. De acordo com a Secretaria Municipal de Gestão Social (Semges), atualmente 7.685 pessoas fazem parte de projetos sociais em Boa Vista. Destes, 1289 recebem bolsas no valor de R$180,00 a R$210,00.O olhar diferenciado e com respeito aos cidadãos tem alcançado bons resultados em Boa Vista. Durante a abertura do evento, foi debatido além desses programas sociais, um outro projeto que surge da necessidade em incentivar os cuidados logo nos três primeiros anos de vida do bebê: Família que acolhe. O programa foi criado em 2013 e é considerado pioneiro em atender gestantes e acompanhar o desenvolvimento do bebê até os 6 anos de idade. O programa constitui uma política pública que busca garantir a promoção do desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social da criança, de forma integrada no acesso aos serviços de saúde, educação e desenvolvimento social. Além de todo esse acompanhamento, as crianças atendidas ainda têm vaga garantida nas Casas Mãe e Creches Proinfância.Ainda no encontro, a secretária explicou que um dos entraves quando se fala em fortalecer e ampliar os serviços é a questão geográfica e financeira principalmente na Amazônia, pois as condições oferecidas para atender a população precisam ser avaliadas por todos envolvidos no Sistema Único de Assistência Social (Suas). Todas as propostas serão encaminhadas para Brasília em um encontro nacional que ocorrerá de 18 a 20 de maio.